sexta-feira, 14 de outubro de 2011

BMW ainda quer fábrica no Brasil, mesmo após alta do IPI para veículos importados


 O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) confirmou ter recebido o plano de construção de uma fábrica da BMW no Brasil. A proposta foi entregue pelo presidente da empresa no País, Jörg Henning Dornbusch (foto), em reunião na tarde da quinta-feira, 13, com o ministro Fernando Pimentel.

Segundo a assessoria do MDIC, Pimentel prometeu avaliar o plano, mas não deu prazo para resposta. Não foram divulgados detalhes do projeto, como local da fábrica, investimento, capacidade produtiva e empregos gerados. O jornal alemão Handelsblatt publicou na última quarta-feira, 12, que a BMW escolheria São Paulo para instalar sua primeira unidade de produção na América Latina, mas um porta-voz da fabricante alemã negou que a decisão já tivesse sido tomada.

A assessoria da BMW confirmou a visita de Henning a Pimentel, mas não forneceu detalhes sobre os assuntos tratados. Em agosto, o executivo disse que a decisão sobre a fábrica deveria ser anunciada na primeira semana de novembro, ponderando que outros países também estavam na disputa, como o México, onde já existe uma linha de blindagem dos veículos da marca destinados principalmente à exportação.

O plano da BMW era de instalar no Brasil uma unidade de montagem de carros em regime de CKD ou SKD – o Série 1 encabeçava a lista das possibilidades. Contudo, isso foi antes das medidas de proteção contra veículos importados baixadas pelo governo em 15 de setembro passado, com alta de 30 pontos porcentuais na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aplicada a modelos importados de fora dos países do Mercosul e México, além da obrigação da adoção de atividades industriais locais e exigência mínima de nacionalização de componentes de 65% nos produtos fabricados no País. Depois das restrições, não se sabe como a BMW adaptou seus planos, mas a entrega do projeto ao MDIC demonstra que o interesse na unidade brasileira persiste.

Serie 1


Durante a reunião em Brasília, segundo a assessoria do ministério, Henning questionou o ministro sobre a alta do IPI, mas o executivo não teria colocado a redução do imposto como condição para a construção da fábrica no País.

O ministro Pimentel já havia admitido a possibilidade de flexibilizar o porcentual mínimo de nacionalização dos veículos, estabelecido em 65%, para fabricantes que decidirem produzir no Brasil. A ideia, segundo ele, seria adotar um prazo de adaptação para as novas fábricas.

Fonte: AutomotiveBusiness

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